sexta-feira, 20 de julho de 2012

A estratégia de "desmonte" das elites conservadoras (alemãs, em particular)

Uma das grandes características da atual crise internacional, em particular da europeia, é a postura destrutiva e conservadora do BC europeu, reforçada pelo conservadorismo do governo alemão e sua estratégia de falcão contra economias mais desgastadas. Isto implica em que problemas na Grécia, na Espanha ou em Portugal - o "sul" europeu - são resultado de descontrole fiscal e restrições às reformas liberalizantes em campos como trabalho, previdência e políticas sociais. Anexo AQUI um interessante vídeo com entrevista do professor Gerry Epstein, com o promissor título de "Euro Crisis, Neo-liberalism and undoing welfare state". Confirma o post anterior, onde manifestei a preocupação sobre a nova janela de oportunidade dos conservadores europeus, que querem culpar o "welfare"pela crise. Francamente ... 
Outro que merece ser ouvido é Nouriel Roubini, que os conservadores temem por acurácia de previsão e por não beber nas mesmas águas de The Economist e dos think tanks de "mais e mais" mercado. Um consultor financeiro, mais preciso que Soros, que opera nos marcos  do capitalismo cassino, mas que é particularmente feroz na crítica à inapetência das economias centrais. O artigo indicado AQUI é "Is Capitalism doomed?", um alerta sobre a ameaça de prolongada regressão econômica e a necessidade de operar uma alteração profunda nos mercado mundiais. Ele escreveu: 

"To enable market-oriented economies to operate as they should and can, we need to return to the right balance between markets and provision of public goods. That means moving away from both the Anglo-Saxon model of laissez-faire and voodoo economics and the continental European model of deficit-driven welfare states. Both are broken". 

Não precisamos concordar in totum com o ele escreve, mas ignorá-lo é arriscado ...

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