segunda-feira, 16 de julho de 2012

Introdução

Espaços públicos devem servir para compartilhar visões sobre o mundo que nos cerca. Vivemos em uma era de informação e de inflação de informações, de circulação de ideias e de ideias que pouco circulam, malgrado sua importância. De excesso de espaços "pessoais" e de poucos espaços efetivamente abertos.  A vida pública está danificada, a participação em recesso e, ainda assim, a vida segue. Porque a vida pública não desapareceu, mas parece estar mudando de forma; a participação é pouco estimulante, mas o horizonte ainda não se apagou.
Por que pensar sobre bem-estar? Porque a vida civilizada serve para permitir que as pessoas não fiquem para trás, que acumulem direitos ao espaço público e àquilo que a sociedade produz. Conferir à solução do conflito distributivo um padrão orientado ao cidadão e não ao acúmulo de interesses privados. Não trata-se da igualdade de renda, pois esta é pouquíssimo provável. O sociólogo T.H.Marshal escreveu que a igualdade de status é mais importante que a igualdade de renda ... e tinha razão. Políticas não existem para garantir que todos tenham padrões semelhantes de renda, antes servem para permitir que todos tenham direitos e possam usufruir da vida civilizada. Isto implica em igualizar renda? Não, mas permitir que todos operem em condições para receber rendimentos e serviços públicos. Estes últimos, se me permitem, recebê-los independente da renda.
Aristóteles tinha razão: "A esperança ... um sonho feito de despertares". 

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