quarta-feira, 25 de julho de 2012

Portugal, o Partido Socialista e suas estratégias, com pitadas dos outros "irmãos" europeus



Os países da Península Ibérica tem se esmerado em manter um destino comum rumo ao fundo do abismo. Portugal protagonizou uma das mais memoráveis cenas da vida política do pós guerra na Revolução dos Cravos, muito antes que os profetas do fim da história saudassem Vaclav Havel como novo profeta do liberalismo econômico libertário do leste e a " Revolução de Veludo" fosse um exemplo. Produziu políticos de expressão internacional como Mario Soares (do PS, pois não!) e ingressou na União Europeia ao custo de grande investimento da Comissão Europeia. A Espanha, ainda que diferente, varreu o Generalíssimo (que diabos quer dizer esse título?) Franco em uma " transação transada" modelar, afiançada pelo rei (criado sob influência franquista) e com resultados muito importantes. Produziu um político do PSE, González, que pilotou a nave para a UE, ainda que sob influência dos ventos liberalizantes dos anos 80, inaugurando a era do " socialismo envergonhado".  
Agora, depois do fraco governo de José Sócrates, o PS tem um novo líder há um ano. Veja AQUI o que pretende este partido, um terrível exemplo de indecisão e ambiguidade. Este trecho é iluminador do "não sei exatamente o que fazer, então faço uma promessa genérica":

 “Admitimos melhorias e a adequação do Estado Social aos novos desafios de uma sociedade onde é muito baixa a taxa de natalidade e milhares de portugueses em idade activa emigram. Mas nunca, nunca, aceitaremos a destruição do Estado Social tal como este governo se prepara para fazer”, salienta. 
No que respeita ao seu primeiro ano enquanto secretário-geral do PS, António José Seguro diz que os socialistas se assumiram como “alternativa responsável”. “Assumimos os compromissos em defesa dos interesses de Portugal e soubemos interpretar o contexto nacional e internacional. 

O nome do líder? Por ironia, Antonio José SEGURO, e também muito "responsável". Ele será Primeiro Ministro, uma vez que os conservadores tem prazo de validade, como na Espanha. Mas não se sabe se sua geração produzirá uma sombra de Mario Soares. Sombras mal aparatadas de Thatcher surgem a todo momento ... Em Portugal, na Espanha, na Grécia, na Itália e, claro, na sua medíocre encarnação do pior governo alemão do pós-guerra. Na Itália, Berlusconi era "Thatcher" ... Pobre Itália ... O pior é que agora tem um Primeiro Ministro inútil como somente a Itália pode produzir: Mario Monti é um "técnico", segundo os memoráveis jornais italianos. Ele está esquentado a cadeira. A Itália pode vir a ser "dirigida", desculpem o trocadilho, pelo CEO da Fiat, signore Lucca de Montezemolo. Além disso, ex presidente da Confindustria, a poderosa associação dos industriais. Por enquanto ele nega, mas faz isso desde os anos 90. Gramsci acharia delicioso ... 

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