Recentemente ocorreu no Brasil um importante seminário no BNDES tratando de "O Mundo e o Brasil em 2022", com as relevantes presenças de Dani Rodrik e Barry Eichengreen. O BNDES disponibilizou slides utilizados pelos conferencistas AQUI. Não entendo porque não fizeram o mesmo com os papers.
Dani Rodrik termina assim:
The world economy is more likely to provide headwinds in years ahead than tailwinds Ultimately, growth depends primarily on what happens at home
Desirable policies remain the same:
- stable macroeconomic framework
- incentives for economic restructuring and diversification (both markets and government)
- social policies to address inequality and exclusion
- strengthening of institutions over time
Eichengreen, refletindo sobre a crise e o papel das moedas de reserva, escreveu:
So how do Iview the exchange rate picture overall?
• The dollar should be a strong performer for the remainder of 2012.
– Least unatractive contestant at the beauty pageant…
– Global flight from risk will work in the dollar’s favor.
• The euro will be weak. – The ECB will be catching up to the Fed.
• Strong yuan or weak yuan? – If the Chinese economy conInues to slow, then a weak yuan will be part of the policy response.
But what if neither the euro nor the yuan steps up?
• The world will have no choice but to rely on dollars for internaIonal liquidity.
• But, eventually, the the capacity of the United States to supply them will be cast into doubt. • The worst of all worlds would then be if investors lose confidence in the dollar before alternaIves had time to emerge.
Ao fim, segundo ele, dois países poderiam oferecer-se como, em 10 ou 20 anos, provedores globais de liquidez: Brasil e Índia.
Independente do juízo, a ameaça crescente à economia global é o traço mais permanente neste ano. Para Rodrik, muito do que se faz em casa importa, mantendo a estabilidade, incentivando reestruturação, atuando contra a desigualdade e fortalecendo instituições. Malgrado o fato das especificidades europeias - o Banco Central Europeu e as instituições supranancionais europeias, é impressionante como a União se fecha às vozes dissonantes.
Por sua vez, diante do exposto por Eichengreen, o futuro poderá nos trazer um cenário com graves questões de liquidez internacional. Nos Estados Unidos o crescimento das exportações está em queda, a recuperação das hipotecas é lenta, as famílias permanecem muito endividadas, a ação do FED é tímida e a confiança do consumidor pouco significativa. Na Europa, os bancos deveriam se recapitalziar, o crescimento retornar e a dívida ser reduzida. o problema, entre outros, é a posição conservadora alemã, que bloqueia duas das três situações. Na china, seu crescimento se reduz, seu mercado financeiro não é profundo, há dúvidas sobres eus bancos, um forte déficit democrático e, não menos importante, no cenário de desaceleração, a posição cambial pode ser manter o Yuan desvalorizado. Está montado o cenário de desastre.
E tem mais Roubini por aí, que aposta em um 2013 catastrófico ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário